A Acelen, empresa que comprou da Petrobras a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), vende a gasolina que produz no estado mais barata para Pernambuco, Alagoas e Maranhão do que para a Bahia. A diferença média é de 10%.
Enquanto em Pernambuco a gasolina da Acelen varia entre R$ 6,97 a R$ 7,09, aqui na Bahia o preço médio tem sido de R$ 8,77.
A empresa alega que a diferença ocorre por questões de “competitividade de cada um destes mercados”.
Fora da Bahia, nas cidades em que a Acelen e a Petrobras disputam mercado, a companhia privada comercializa gasolina a preços mais baixos que a estatal, mesmo transportando o combustível por centenas de quilômetros da Rlam para vendê-lo. Já na Bahia, o preço médio da gasolina vendido pela Acelen é cerca de 5% maior do que o valor médio da gasolina vendida pela Petrobras – isso, já depois do aumento de quase 19% anunciada pela estatal.
Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Bahia é hoje o estado brasileiro com o litro mais caro da gasolina comum, levando em conta o preço médio do combustível. No sul do estado, o litro chega a ser vendido à R$ 8,90.
Ao Metro1, a empresa afirmou por meio de nota que “os reajustes de preços dos combustíveis produzidos pela Refinaria de Mataripe acompanham as variáveis de cada mercado. Os preços que a Acelen pratica são resultado da aplicação dos contratos firmados com seus clientes, os quais trazem uma fórmula de preços objetiva e transparente, que foi longamente discutida com os próprios clientes, aprovada pela agência reguladora”.